terça-feira, 21 de junho de 2011

Da Guerra, a Paz - 1ª Guerra Mundial

É, portanto, exausta que a Europa aborda este pós-guerra, em que os vencedores estão firmemente decididos a se refazerem à custa dos vencidos.

Em 18 de janeiro de 1919 inicia em Paris a conferência de paz, tendo como únicos participantes as potências vitoriosas. Logo fica claro que os “14 pontos”, enunciados no entusiasmo do ano precedente pelo presidente americano Wilson, estão destinados a ficar, pelo menos em parte, letra morta. Entretanto, eles se destinavam a promover uma nova ordem internacional.

Os princípios de Wilson da autodeterminação dos povos e respeito pelas entidades nacionais na fixação de novas fronteiras irão se chocar, na prática, com o espírito dominante da diplomacia européia, preocupada sobretudo com suas conquistas territoriais e econômicas. Em conseqüência dos acordos de Versalhes, os impérios Austro-Húngaro e Turco deixam de existir e são desmembrados, sob a pressão dos diferentes grupos étnicos locais. Duríssimas condições de paz são impostas à Alemanha.

A nova república alemã é privada de 13% de seu território. Com isso, importantes centros industriais como os da Alsácia-Lorena, 75% de suas jazidas de ferro e 25% das de carvão lhe são assim retirados. Suas colônias são distribuídas entre os vencedores, sob a vigilância da recém-criada Liga das Nações. Seu exército é reduzido ao mínimo, com uma limitação de armamento ofensivo.

Enfim, a responsabilidade do conflito é atribuída, em bases discutíveis, aos impérios centrais, e exige-se da Alemanha o pagamento de uma indenização de guerra que alcança a cifra fantástica de 6,6 bilhões de libras esterlinas. Porém, mesmo dentro do grupo dos vencedores, nem todos ficam igualmente satisfeitos com os tratados de paz. A Rússia, às voltas com uma sangrenta guerra civil, não participa da conferência de Paris, enquanto os Estados Unidos acabarão se recusando a ratificar o tratado de Versalhes. Em especial na Itália o tema da “vitória mutilada” volta com insistência, e a delimitação das fronteiras com a recém-criada Iugoslávia coloca numerosos problemas. Em seu conjunto, os diferentes tratados de paz assinados nos anos do pós-guerra logo se revelam como um fracasso total, pelo menos quanto ao seu principal objetivo: evitar um novo conflito.

Para aprofundar: - As questões que geraram a Primeira Guerra não foram resolvidas, permaneceram. Procure identificar no texto acima essas questões.

- O que o texto quis dizer com a última frase?
- Procure conhecer os 14 pontos propostos pelo presidente Wilson.
- Será que teria sido positivo se eles fossem adotados?
- Na época da Primeira Guerra Mundial, qual era “o espírito dominante da diplomacia européia”?
- Pesquise o que era o tema da “vitória mutilada”.

ISNENGHI, Mario. História da Primeira Guerra Mundial. São Paulo: Ed. Ática, 1995, p. 149.
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A guerra e seus efeitos - 2ª Guerra Mundial

WikipediaEvidentemente uma guerra sempre traz mudanças. A Segunda Guerra Mundial foi a maior de todas as guerras. Assim, é claro, provocou grandes consequências ao mundo todo.

Sem dúvida que as maiores perdas são sempre as vidas humanas. Disto não podemos ter dúvida. Toda a guerra nos tira aquilo que é mais valioso para a humanidade, a vida humana. Existem divergências sobre quantas pessoas faleceram no conflito. Os dados nos apresentam as mortes entre 30 e 70 milhões de pessoas. Aproximadamente 6.000.000 de judeus; 17.000.000 de soviéticos; 5.500.000 alemães; 4.000.000 de poloneses; 2.200.000 chineses; 1.600.000 iugoslavos; 1.500.000 de japoneses; 535.000 franceses; 450.000 italianos; 396.000 ingleses e 292.000 americanos. Um número absurdamente alto para a época.


Outra face muito triste dessa guerra é o holocausto. Os nazistas argumentavam que os judeus eram a causa dos problemas alemães e do capitalismo mundial. Assim, bolaram a “solução final”, que era o extermínio desse povo. Dessa forma os judeus foram sistematicamente perseguidos e exterminados. Os campos de concentração eram verdadeiras máquinas de matar, efetivando o genocídio planejado dos judeus.


O dano material também foi imenso. Cidades e estradas destruídas. Obras de infraestrutura, plantações e criações de animais estavam acabadas. Alguns calculam os prejuízos em até 1,5 trilhão de dólares. Entretanto, não se tem segurança sobre este custo.

Entre tantos fatos tristes, pelo menos alguns podem ser apontados como positivos para a humanidade. Derivados da guerra, surgiram uma série de inovações tecnológicas. Fruto de um esforço sobre-humano, a guerra acaba muitas vezes por trazer progressos tecnológicos, que na época do conflito são buscados com maior energia e muitas vezes com mais verbas também. Por exemplo, herdamos da Segunda Guerra a tecnologia nuclear, utilizada nas terríveis bombas atômicas. Devemos reconhecer que essa tecnologia hoje ajuda muitas pessoas no tratamento de saúde e na geração de energia elétrica. Também temos os radares e os primeiros processadores para serem utilizados em computadores, tecnologias tão presentes hoje. Aeronaves, submarinos e navios também tiveram grande avanço nessa época.

Na parte territorial a guerra trouxe grandes transformações. No período final da guerra já era bastante claro que os grandes vencedores seriam EUA e URSS. Começa a tomar contorno então o mundo do pós-guerra, dividido entre capitalismo e socialismo, com suas respectivas áreas de influência. Reunidos em fevereiro de 1945 na cidade soviética de Yalta, foi discutida a criação da ONU, e a determinação de áreas de influência. A URSS ficou com a Europa Oriental e os Estados Unidos com a parte ocidental desse continente. Posteriormente, em outra conferência, a de Potsdam, nos arredores de Berlim, foi decida a divisão da Alemanha em quatro partes, sob o comando da França, Inglaterra, EUA e URSS. Obviamente a Alemanha perdeu os territórios conquistados na guerra e até antes dela, inclusive o porto de Dantzig, na Polônia


A guerra também trouxe mudanças políticas. Os regimes totalitários ou ditatoriais em geral foram enfraquecidos e a democracia se consolidou, a Europa perdeu sua posição hegemônica para EUA e URSS e o socialismo também obteve fortalecimento.

Outra consequência importante diz respeito à reorganização do Estado de Israel. Após o holocausto, havia um consenso de que os judeus deveriam ter a sua própria pátria. Assim, inicialmente sob comando da Inglaterra, começou a ser reorganizado um Estado Judeu na palestina, o que acabou por provocar novos, duradouros e sérios conflitos na região, os quais perduram até hoje.

A lama - 1ª Guerra Mundial

Muitas das trincheiras foram abertas nas regiões abaixo do nível do mar, o que fazia com que surgisse água das escavações realizadas. Para piorar a situação houve muita chuva e com ela mais lama apareceu. Para tentar melhorar a situação foram colocadas pranchas de madeira para que houvesse alguns centímetros fora de todo o lodo abaixo dos pés.

A loucura - 1ª Guerra Mundial

O terror diário presenciado pelos soldados levava muitos à loucura. Alguns feriam a si próprios com o objetivo de serem mandados mais cedo para casa, mas se fossem descobertos eram punidos com fuzilamento. Outros mais enlouquecidos saiam das trincheiras para serem atingidos pelos inimigos e dar um fim no sofrimento. Para os que continuavam, faltavam a comida e a água e em contraste tinham de sobra ratos, doenças e muita lama.

A trincheira - 1ª Guerra Mundial

A 1ª Guerra Mundial aconteceu em meio a trincheiras, caminhos feitos no chão, com uma profundidade de 2 metros e largura de 1,80 metros. Para dar mais segurança aos soldados, usavam sacos de areia que eram colocados com uma altura de 1 metro à frente das trincheiras. Para a sentinela havia um degrau de 0,5 metro acima do chão

A Diáspora Negra

Muitas terras africanas foram divididas e os povos escravizados - consequentemente, uma série de situações adversas assolou a África e os africanos. A escravidão foi uma forte fonte de renda para os europeus, a qual desestabilizou todo o modo de vida africano e distribuiu as etnias pelo mundo. Podemos encontrar afrodescendentes (que segundo o Dicionário Escolar Afro-brasileiro é um termo modernamente usado no Brasil para designar o indivíduo descendente de africanos, em qualquer grau de mestiçagem) na América do Norte, América Central, América do Sul, Ilhas Caribenhas, Oceania e por quase toda a Europa.